Aos 55 anos, Maitê Proença vive no teatro uma personagem da melhor idade e faz do tempo e experiência de vida um aliado
Semanalmente, centenas de pessoas lotam o teatro FAAP, em São Paulo, para ver em cena as atrizes Maitê Proença e Clarisse Darzié Luz, protagonistas da peça À Beira do Abismo me Cresceram Asas.
A história de passa num asilo, onde vivem há anos as amigas Terezinha (Maitê) e Valdina (Clarisse). Sem papas na língua, ambas compartilham histórias que viveram ao longo dos anos como questões familiares, relacionamentos, decepções e situações engraçadas cheias de nostalgias e otimismos. A peça é uma adaptação de depoimentos coletados por Fernando Duartenos asilos visitados pelo País. A partir daí o enredo foi criado e mostra que é possível ver a idade não como fardo, mas uma vida extensa onde ainda pode-se fazer de tudo. “A peça não é para falar do fim, mas da vida”, diz Maitê Proença numa breve conversa para Melhor Viagem no dia da estreia.
Aos 55 anos, Maitê Proença disse que lida com a idade de forma tranquila. “Vamos esperar. Não temos uma bola de cristal. Estou tentando ser produtiva, criativa e tentando fazer com que minha vida continue interessante”. E completou: “Hoje vemos pessoas com 20 anos desinteressantes que não têm entusiasmo pela vida. O que faz uma pessoa ser interessante é o entusiasmo, a garra com que ela agarra a vida e por enquanto eu tenho muita”.
Sobre estética e os cuidados com a vaidade, Maitê disse que é uma batalha inglória. “Se eu ficar pensado que tenho que ter a pele igual da minha filha, é melhor eu sentar, ficar triste e desistir de viver”.
Teatro FAAP
Até 18 de agosto
Sexta e sábado, às 21 horas; domingo às 18 horas
Rua Alagoas, 909
Higienópolis
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